quarta-feira, 21 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#1 O Livro É Foda

Tam dam dam dam daaaam (8) E este post finalmente chega à sua derradeira, e ao mesmo tempo primeira, parte. Amanhã é dia de se preparar pscicologicamente e, enfim, na sexta-feira ver se Jogos Vorazes corresponde à toda hype da qual vem gozando ultimamente. Muito se fala que o filme já bateu recordes de pré-venda e que o elenco é ótimo e blá blá blá, mas a verdadeira razão pela qual alguém deve assistir uma adaptação como essa é que o livro é foda, pelo simples fato de que, sem o livro, sem aquela faísca de inspiração, suor e loucura de um ser humano, não existiria um filme do qual falar. Por isso, o post de hoje se dedica inteiramente ao mundo criado por Suzanne Collins.

Como já dito aqui mil vezes, Jogos Vorazes é o romance de abertura da trilogia de mesmo nome e nos conta a história de Katniss Everdeen. Katniss é uma adolescente de 16 anos que, ao ver sua irmã sendo escolhida como tributo pros terríveis Jogos Vorazes, se voluntaria como representante do Distrito 12. As regras dos Jogos Vorazes são simples: os 24 tributos dos dozes distritos devem lutar em uma perigosa arena até a morte; o último que restar será o vencedor e retornará podre de rico pra casa. Acontece que o Distrito 12 é um dos mais pobres de Panem - que são as sobras do que um dia foram os Estado Unidos da América -, então, as chances de sobrevivência da protagonista são muito poucas. No entanto, Katniss ainda possui algumas habilidades que talvez possam ajudá-la nessa cruel batalha pela vida.

Uma das coisas que mais me intrigaram no livro foi a narração em primeira pessoa no tempo presente. A protagonista nunca diz "olhei", "fiz", "corri", mas, "olho", "faço", "corro". Usando esse tempo verbal, ela nos leva numa viagem junto com ela. Não se trata mais de uma personagem contando suas histórias, mas de uma personagem vivendo aquilo tudo ao mesmo tempo em que você lê, o que causa no leitor uma sensação de extrema insegurança quanto ao seu futuro, se é que ele existe. Essa sensação só se confirma mais ainda devido ao ritmo rápido e aos inúmeros perigos presente na história. O fato de presenciarmos os acontecimentos e sabermos seus pensamentos ao mesmo tempo acaba gerando uma grande ligação entre leitor e personagem e essa é uma das razões pelas quais é tão difícil largar o livro.

A história também se constrói sempre em torno de contrastes, desde emocionais até ideológicos. Temos figuras maternas problemáticas em oposição a figuras paternas mais bondosas e tolerantes; amizades sinceras e alianças de interesse; distritos miseráveis e uma Capital moderníssima (te lembra alguma coisa?); jogos vorazes e a diversão de toda uma população. E por aí vai. O mais impressionante é a densidade das personagens que navegam quase sem rumo nesse mar de oposições, principalmente a da protagonista. Nem sempre seus motivos são os mais bem intencionados, mas ela sempre faz o que acha melhor ou necessário. Ao mesmo tempo que receia o amor da mãe, move mundos e fundos pela irmã. Ao mesmo tempo que descobre que não passa de uma pecinha no grande jogo da Capital, ela arranja uma forma de se rebelar e controlar seu próprio destino. E essa pra mim é uma das grandes marcas da Katniss e da criação da autora, a capacidade do ser humano de conciliar suas oposições internas e manter sua integridade mesmo nas situações mais extremas, o que não acontece com alguns personagens...

Pra ver como todos esses elementos se juntam e criam essa complexa teia de intenções e interesses, só precisamos esperar até sexta-feira, dia 23, e conferir a releitura de Jogos Vorazes do diretor Gary Ross, a qual, diga-se de passagem, tem recebido inúmeros elogios por complementar a visão em primeira pessoa da protagonista. No fim de semana, obviamente, estarei de volta pra comentar aqui o filme, mas até lá, essas são as minhas dez razões pra se ver a adaptação de um livro pelo qual me apaixonei à primeira lida e em que me tanto dá prazer mergulhar e reler até hoje. E, como sempre, que a sorte esteja a seu favor!

terça-feira, 20 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#2 Katniss Everdeen

É isso, gente, faltam apenas três dias pra estreia mundial de Jogos Vorazes (The Hunger Games) e este post vai chegando ao fim. Por outro lado, as razões vão ficando mais fortes e a de hoje é a grande protagonista da série, que carrega nas costas o peso de transmitir ao leitor - e agora ao espectador - toda a complexa rede de relações criada por Suzanne Collins, desde aspectos pessoais e familiares a aspectos políticos e econômicos.

Criada num dos Distritos mais pobres de seu país, Katniss tem uma infância e uma adolescência difíceis, principalmente depois da morte do pai num desmoranamento. Obrigada, então, a tomar as rédeas de uma família cuja mãe cai em depressão, ela tem que aprender na marra como caçar e como negociar no mercado negro do distrito. Mal sabia, no entanto, que ao voluntariar-se pra participar dos Jogos Vorazes, entraria numa intrincada teia na qual interesses de lados contrários borbulham com a esperança de um povo reprimido e com a força de um governo totalitário.

Esse embate se dá mais visivelmente nos volumes subsequentes da trilogia, mas Katniss carrega em si uma resiliência incomum desde a parte um. Transportada prum mundo tão diferente do seu, a protagonista vence cada diferença não com graça e leveza, mas com as dúvidas, os erros e o medo de uma personagem tão real quanto a sua fome. Mesmo no hostil ambiente da Arena, seus instintos sempre lhe socorrem e ela não se deixa levar pela ferocidade de uma política de pão e circo promovida pela Capital. Pelo contrário, percebemos, neste ponto, que há um amadureciemento e uma mudança de perspectiva quanto ao seu lugar naquela sociedade tão díspare. Não se trata mais apenas do que dar de comer à sua família, não se trata mais apenas de proteger sua amada irmã do perigo, mas de, verdadeiramente, virar o jogo e mostrar que há vidas ali que devem ser mais respeitadas, lutar pra que todos se libertem daquela vida de muito trabalho e zero satisfação. De repente, através de seus atos, Katniss incorpora todos esse ideais de mudança perante uma população extremamente acanhada pela força bruta do governo. Por isso, pra ver as engrenagens que geram essa faísca, vocês já podem visitar os cinemas a partir de sexta-feira e conferir. E que a sorte esteja sempre a seu favor!

segunda-feira, 19 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#3 A Política

Como a Wikipedia vê o Fascismo:
"O fascismo é uma corrente prática da política que ocorreu na Itália, opondo-se aos diversos liberalismos, socialismos e democracias. [...] A palavra fascismo com o tempo foi associada a qualquer sistema de governo que, semelhante ao de Benito Mussolini, exalta os homens e usa modernas técnicas de propaganda e censura, fazendo uma severa arregimentação econômica, social e cultural, sustentando-se no nacionalismo e em alguns casos até na xenofobia"
 Como eu vejo o governo do Snow, o presidente de Panem:
"governo que, semelhante ao de Benito Mussolini, exalta os homens e usa modernas técnicas de propaganda e censura, fazendo uma severa arregimentação econômica, social e cultural, sustentando-se no nacionalismo e em alguns casos até na xenofobia"
Como o Presidente Snow vê o seu governo:


Com esses conceitos bem claros na cabeça, pode-se perceber que a política é um dos temas centrais de Jogos Vorazes. Ao longo da narrativa, a protagonista nos revela detalhes da vida em Panem e mesmo que ela não perceba tão claramente a dominação da qual faz parte, nós, leitores do século XXI, podemos notá-la com mais facilidade. Óbvio que no grande plano da trilogia há essa mudança de consciência política, a qual atinge seu clímax em Mockingjay, o terceiro volume da saga, mas não coloquemos a carroça à frente dos bois.

Voltando ao governo do Presidente Snow, a transmissão dos Jogos Vorazes como forma de intimidação da população é apenas uma das formas de manipulação que o governo exerce. Muito mais que isso, a Capital controla toda e qualquer forma de conhecimento que chega até os habitantes dos distritos. As escolas, por exemplo, transmitem conteúdos extremamente limitados, basicamente relacionados à atividade econômica de sua área. O ensino da história, extremamente maquiado, ilustra aos alunos a grande rebeldia dos reacionários e a benevolência de uma Capital que só visa ao bem-estar de todos. A força policial, nesse sentido, também tem papel fundamental, pois contém qualquer cidadão que se desvie da boa conduta.

E finalmente temos a mídia, responsável de fato pela veiculação de toda essa propaganda falsa circulada em Panem, onde exerce dupla função. A primeira é a de exaltar pros distritos as maravilhosas qualidades dos governantes, como no governo de Mussolini e do próprio Hitler, mascarando atos dominadores como medidas necessárias a um bom funcionamento da nação. A segunda é a de alienar a população inteira da Capital, a qual se preocupa mais com o culto à beleza e ao entretenimento do que com a política mesmo (isso te lembra uma certa geração também?), o que garante ao governo uma certa estabilidade junto a seus cidadãos mais próximos. 

Como já revelado por algumas cenas que vazaram, o diretor do filme se deu a liberdade - obviamente com o aval da autora - de sair um pouco do ponto de vista da Katniss pra mostrar aos espectadores cenas que só podemos imaginar no livro. Por isso, podemos esperar muita coisa dos bastidores dos Jogos e como o governo e os organizadores querem que o público veja tudo, tornando o filme uma experiência complementar àquela do romance. Sendo assim, espero que a sorte esteja sempre a seu favor!

domingo, 18 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#4 A Porrada

Já que ontem falávamos sobre a Arena, hoje vamos falar dos participantes dos Jogos Vorazes, os chamados "Tributos". Cada distrito de Panem fornece dois, um menino e uma menina de doze a dezoito anos de idade, pra lutarem até a morte no reality mais top sucesso na balada da Capital. Como são vinte e quatro tributos ao todo, eu teria que passar um dia inteiro aqui, por isso, vamos aos que realmente interessam e depois fazer um minuto de silêncio pros pirentinhos - a maioria - que morrem logo no começo.

Começo as apresentações com os Carreiristas. Essas peças raras são os representantes dos distritos mais abastados, nos quais vencer é sinônimo de admiração, honra e glória eterna. Como têm condições de vida melhores que os outros distritos, seus jovens têm a opção de treinar desde a infância pros Jogos. São os Distritos 1, 2 e 4.

No Distrito 1 temos Marvel e Glimmer, que, mesmo antes dos Jogos começarem, já formam uma aliança com os outros carreiristas e, com certeza, contribuem diretamente pro massacre que sempre ocorre logo no início da competição. Não posso falar muito do Marvel, ou vou passar o resto do post xingando esse @#$%#@&%, mas não quero revelar nenhum spoiler. Já a Glimmer, mesmo sendo tão brutal quanto bonita, deve ter alguns problemas com uns insetinhos...

No Distrito 2 temos os tributos mais awesome ever, Cato e Clove. Se eu fosse um debiloide da Capital, certamente apostaria meus dinheiros nesses dois. Cato, como a Katniss, é voluntário pra participar dos Jogos, mas, diferente da Katniss, ele não está salvando um irmão querido. Ele quer é empalar a galera, arrancar seus corações e comê-los em frente às câmeras. A Clove (que vocês já viram em A Órfã) também não tá longe disso, não. Um ás com um jogo de facas na mão, essa perturbada deve ter aprendido alguns de seus truques com o Coringa...


Pulando pro Distrito 5, falemos da Foxface (Cara de Raposa em português mesmo D:). Ela não sabe lutar, não é especialmente bonita pra atrair o interesse dos patrocinadores e não possui nenhuma carta na manga revelada de última hora nos Jogos. Mas, bitch, please, essa menina sabe se esconder, e dos tributos é a mais inteligente sem sombra de dúvidas. Concorrendo firme e forte até a reta final do jogo, tenho que mencioná-la aqui porque se fosse eu na Arena, com certeza seria um Foxface, sobrevivendo como desse e sendo mais esperto que o resto.

Já os tributos do Distrito 11 são a Rue e o Thresh. Agora pense no quê que uma garotinha pobre de 12 anos de idade pode fazer numa batalha mortal como essa. A sorte é que, tendo trabalhado na colheita de frutas toda sua vida, as altas árvores da Arena podem lhe servir de esconderijo relativamente seguro, algo em comum que ela tem com nossa heroína, como será mostrado no filme. Quanto ao Thresh, esse é um dos mais fortes de todos. Caladão e corajoso, é o único que se aventura numa parte desconhecida da Arena, o que lhe rende uma vantagem até o fim dos Jogos.

No Distrito 12 temos, é claro, a Katniss e o Peeta. Katniss, que lutou contra a fome desde jovem e se tornou uma exímia caçadora com seu arco e flecha, atende às expectativas criadas por seu apelido - Girl On Fire - e é um dos tributos mais temidos na Arena. Já o Peeta, que trabalhou na padaria do pai a vida inteira, tornou-se um exímio... confeiteiro. Mas não pense que ele já tá fora do jogo. Junto com seu treinador, ele bola um estratégia que se prova importante até o fim dos Jogos.

Com tanta gente boa aí, é claro que essa edição dos Jogos Vorazes será uma das mais marcantes da história de Panem, mas as suas consequências ficam só pra novembro de 2013 com Em Chamas. Por enquanto, concentremo-nos em como a Katniss e o Peeta, dia 23, tentam sobreviver em meio a Tributos tão diferentes e perigosos. E que a sorte esteja sempre a seu favor! 

sábado, 17 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#5 A Arena


Saindo da miséria do Distrito 12 e passando pelo luxo da Capital, chegamos finalmente ao lugar onde os Jogos Vorazes de fato se consumam. Segundo Katniss, os locais sobre os quais as Arenas são  construídas todo ano se tornam um verdadeiro destino turístico pros habitantes da nossa amada Capital. Lá eles podem fazer um tour pelas catacumbas, assistir à encenação de suas mortes favoritas durante os jogos e a comida, diz-se, é muito boa. Seja num deserto árido, numa montanha congelada, na floresta ou num descampado, a Arena é a materialização da dominação do governo de Panem, onde todas as suas câmeras de alta tecnologia captam os movimentos de todos os tributos no decorrer do grande evento.

É claro que, uma vez na Arena, os tributos não têm que lidar somente com os elementos da natureza. Na 74ª edição dos Jogos Vorazes, retratada no filme, eles ainda têm que sobreviver ao ataque de super animais geneticamente modificados, aos avançados lança-chamas escondidos na floresta e às mais variadas condições do tempo, tudo cortesia dos Idealizadores, os quais controlam diretamente o que lá se passa. Eles também não podem aloprar muito porque a parte preferida dos telespectadores da Capital ainda é o embate entre os tributos até a morte, mas, caso não haja muita ação, a produção pode muito bem criar uma rápida avalanche ou cortar o abastecimento de água ou até elevar a temperatura com apenas um clique de um botão.

Como no livro temos a percepção estritamente do ponto de vista da protagonista, não podemos presenciar várias das coisas que se passam nas outras partes da Arena, mas essa impossibilidade será vencida no filme, logo, teremos acesso a mais embates e veremos quais outras armadilhas os Idealizadores bolaram pra deixar os Jogos Vorazes mais interessantes. Nesse sentido, faço da Arena minha quinta razão pra se assistir o filme na próxima sexta-feira. E que a sorte esteja sempre a seu favor! 

sexta-feira, 16 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#6 A Capital


O outro lado da moeda do post de ontem sobre o Distrito 12, é claro, é a Capital. Muito bem protegida por montanhas, sua localização foi o ponto chave de sua vitória e posterior dominação sobre os distritos. E justamente pra manter essa dominação e lembrar aos vencidos as dores da guerra é que eles promovem anualmente os Jogos Vorazes. Tanto que somente os adolescentes dos doze distritos é que são selecionados pro reality show, os jovens da Capital apenas os assistem de seus confortáveis lares high tech.


Os habitantes do centro político de Panem vivem numa sociedade movida pelo dinheiro, pelas aparências e pelo forte controle midiático. Através dos relatos da protagonista, os Jogos são um dos maiores eventos anuais da Capital, pois as apostas chegam a níveis estratosféricos e a grana rola solta na corrida pelo patrocício de adolescentes (chamados "tributos") que se digladiam até a morte - uns poucos pela glória, a maioria pelo instinto mais primitivo de sobrevivência. Ao mesmo tempo, os cidadãos comuns da Capital - em trajes extravagantes, pele, unhas e perucas coloridas -  têm um assunto a mais pra discutir nos salões de beleza e nos consultórios de cirurgia plástica, afinal, qual tributo é o mais bonito e mais simpático? Nesse sentido, os órgãos responsáveis pela transmissão dos Jogos Vorazes manipulam os acontecimentos dos jogos pra que os próprios espectadores não sintam pena ou mesmo se revoltem contra a barbárie de um programa desse estilo.

Por isso, super "jornalistas" da Capricho, os looks bizarros e os vestidos lindos da Capital só acentuam a diferença brutal de um país que, mesmo a séculos do nosso tempo, ainda reflete problemas que ainda hoje vivemos. E só o fato de vocês prestarem mais atenção em detalhes tão fúteis como esses já é justificativa mais do que plausível da real preocupação da autora em questionar o modo como hoje nos portmamos com a ditadura da beleza e dos esterótipos. Ler matérias RIDÍCULAS como ESTA só me dão mais energia pra lançar na net algo com pelo menos um pouquinho mais de conteúdo, já que não é sempre que séries tão boas como Jogos Vorazes, as quais tratam de temas tão importantes de forma tão sensível, chegam a ter o destaque que tem hoje. E que a sorte esteja sempre a seu favor!


quinta-feira, 15 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#7 O Distrito 12

Chega de brimks! Se você dedicou seu precioso tempo nos últimos três dias a ler as três primeiras partes desse post, provavelmente percebeu que as razões aqui dadas não são muito fortes. Exceto se você for uma leitora da Capricho ou da Atrevida, pra quem um filme só precisa ter meninos gatos e roupas fabulosas pra valer a pena. Mas eu sei que esse não é o seu caso. Por isso, vamos ao que interessa e passar ao que de fato faz de Jogos Vorazes a série incrível que é. Minha razão número 7 é o Distrito 12.

Aqui eu preciso explicar de onde surgiu isso. A série se passa num futuro mais ou menos distante, no qual os Estados Unidos da América passaram por várias transformações severas, desde catástrofes naturais até crises de outras ordens. Te lembrou alguma coisa? Anyways, após uma terrível guerra civil entre a Capital e os treze distritos que a cercam, o que resta é um novo país: Panem, rigidamente regulado pelo governo e pela mídia.

                                   

Acontece que o Distrito 12, onde mora a protagonista da história, é meio que o patinho feio de Panem. Toda a riqueza e o luxo da Capital sequer chegam aos sonhos dos moradores dessa área. Esse distrito, responsável exclusivamente pelas reservas de carvão do país, é constantemente ignorado e seus habitantes vivem em um profundo estado de pobreza, no qual ter uma barriga saliente e rugas dos quais se orgulhar é o ideal de sucesso e destaque. Logo, os dois adolescentes recolhidos anualmente pra participarem dos Jogos Vorazes são considerados automaticamente cadáveres. Qual chance eles teriam contra jovens mais bem alimentados e treinados dos outros distritos mais ricos? 

Assim, logo de cara já somos imersos nesse universo de pobreza, o qual posteriormente será posto em contraste com a extrema riqueza de uma Capital opressora, revelando, então, uma outra face da série. Claro que no livro vemos tudo isso pelo ponto de vista da heroína, mas nas telonas será bem mais interessante e mais rico em detalhes. Portanto, faço do Distrito 12 minha sétima razão pra se ver Jogos Vorazes, agora a apenas uma semana! E que a sorte esteja sempre a seu favor!  

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#8 O Elenco

E nesta terceira etapa da maratona até o dia 23, resolvi apresentar os atores que de fato trarão Jogos Vorazes às grandes telas. O primeiro deles não podia deixar de ser a minha ex, Jennifer Lawrence, que interpretará a protagonista Katniss Everdeeen. Este belo ser ficou mais conhecido na mídia pelos vários prêmios e indicação ao Oscar que recebeu com o filme de 2010 O Inverno da Alma (Winter's Bone), no qual ela faz o papel de uma adolescente interiorana em busca do pai desaparecido. Pra compor essa personagem ela até aprendeu a tirar pele de coelho pra comer, uma habilidade que lhe seria muito útil agora em Jogos Vorazes, o qual, pelo visto, também demandou muito fisicamente da atriz, seja pela corrida, pela sobrevivência na floresta e até mesmo pelas aulas de arco e flecha. Lembro quando ela chegava em casa cansada e me pedia para massagear-lhe os pés... Mas pra quem também já interpretou a Mística desse último X-Men, dizia-lhe eu,  Jogos Vorazes não deve ser tão mais difícil assim. No fim das contas, a Lionsgate acertou em cheio ao contratá-la pra um papel tão importante, pois só se ouvem elogios à sua performance. Sem contar o fato de ela ser a caipira mais simpática, palhaça e carismática que eu já vi.

Já esse aqui vocês conhecem melhor. Josh Hutcherson, mais recentemente em Viagem 2: A Ilha Misteriosa, já fez o público rir com ABC do Amor e cortar os pulsos com Ponte Para Terabithia. Até já trabalhou em filmes mais sérios como o excelente Minhas Mães e Meu Pai. Nunca foi indicado ao Oscar como a Jen, mas segundo o próprio, ele nunca se achou tão parecido com um persogem quanto acha que se parece com Peeta Mellark. Peeta é o filho do padeiro do Distrito 12 e juntamente com Katniss embarca rumo à Capital pra ser mais uma peça dentro dos Jogos Vorazes e lutar até a morte. Claro que ele tem uma pequena revelação a fazer para a protagonista, que se prova valiosa para o desfecho dos jogos, mas não vou me adiantar... O fato é que em qualquer entrevista que esse safado dê, ele fala das cenas em que pegava a minha ex na caverna, mas beleza, pelas cenas do filme que já vazaram, ele parece realmente ter sido a melhor escolha pro papel também. Aqui vai uma dessas entrevistas que ele e a Jen deram à MTV. Logo se nota a química entre os dois, a qual eu espero sinceramente que se reflita no filme. Ou haverá sangue.



O elenco conta ainda com o namorado da Miley Cyrus Liam Hemsworth no papel de Gale Hawthorne, BFF da Katniss, e outros atores de maior prestígio como a Elizabeth Banks (Scrubs), o Woody Harrelson (Onde Os Fracos Não Têm Vez, Zombieland), o Stanley Tucci (O Diabo Veste Prada, Um Olhar do Paraíso) e o grande Donald Sutherland como o todo poderoso presidente da majestosa Capital. Também nessa turma entra o mais inesperado de todos, Lenny Kravitz, que só pode estar pegando alguém da produção, já que ele não tem nada a ver com o personagem do livro, mas ainda estou esperando pra ver no dia 23. Assim, posto aqui mais razão pra se ver Jogos Vorazes. E que a sorte esteja sempre a seu favor!

terça-feira, 13 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#9 O Fandom

Dando prosseguimento a este post de dez partes, não posso deixar de dedicar uma das razões pra se ver Jogos Vorazes ao fandom. Sendo um órfão de Harry Potter - que postergou a dor da partida desde 2007 até julho passado, quando de fato acabou -, acho extremamente fantástico ter algo com o qual me empolgar novamente depois dos dez anos de expectativas, alegrias e tristezas que a Sra. Joanne Kathleen Rowling nos deu. É claro que surgiu um Percy Jackson legalzinho no caminho, um Crepúsculo ridiculinho e umas sequências meia boca d'As Crônicas de Nárnia pra matar o tempo, mas eis que enfim surge uma série de respeito com a qual todos os potterheads podem voltar a stalkear o elenco, criar memes e fóruns com a antiga verve. Mas alto lá! Longe de mim sugerir que Jogos Vorazes têm algo a ver com Harry Potter, pois não têm. Estou meramente ilustrando a empolgação de fã (para mais informações, vide a Razão #10).

E falando em fã, pense na trollagem que esses gostam de fazer. Muito mais que os posts sentimentaloides de fandoms que não devem ser nomeados, os fãs de Jogos Vorazes são capazes até de tirar sarro da própria série. A princípio eu me sentia culpado por rir dessas coisas, mas depois de passar uma boa meia hora rindo dos Jogos Maneros, passou na hora. Nesse requintado Tumblr você pode encontrar pérolas como esta:


E não pense que isso é coisa só de brasileiro gaiato, não. Os próprios americanos, os quais são a verdadeira razão pela qual a série ganhou o destaque que tem (nos EUA obviamente, nós ainda caminhamos a passos lentos, mas acho que depois do filme a coisa deslancha), fazem mil gifs, memes e vídeos hilários circularem rapidamente não só no Tumblr, mas no Youtube, nos fóruns, nos fansites e afins. Claro que eles não têm a nossa marotagem, mas ainda assim são capazes de divulgar a série com esse bom humor que a gente só vê na internet, já que só os fãs sabem o que é engraçado e têm a força de vontade de produzir vídeos assim:


É claro que com toda a fome, a violência e a exploração não há nada de engraçado nos livros em si, mas se o humor é tão parte do ser humano porque possuímos a capacidade de rir do inesperado, você está lidando com a galera certa. Sendo assim, acho que o fandom awesome de Jogos Vorazes constitui a nona razão pela qual vocês deveriam ir ver o filme. Pessoas como as do vídeo acima não podem estar erradas quanto à qualidade da série. Lembrando que faltam apenas dez dias! E que a sorte esteja sempre a seu favor!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Dez Razões Para Se Ver Jogos Vorazes

#10 Não é Crepúsculo


Já dizia o nosso querido elfo Dobby que "há uma trama. Uma trama para fazer coisas terríveis acontecerem". Pois eu digo que é verdade. E se, infelizmente, você já ouviu dizer que Jogos Vorazes (The Hunger Games) é a mais nova saga à la Crepúsculo, você foi vítima dessa trama. O pior é que você nem ao menos tem culpa disso, é a nossa amada mídia que está se encarregando dessa propaganda mentirosa. Revistas consagradas e cultuadas como Capricho, Atrevida e afins estão dizendo que a série trata de um reality show no qual a heroína tem que escolher o menino mais gato. Pior ainda é a própria Paris Filmes fazer comerciais do gênero "Na luta pela sobrevivência, eles quebraram todas as regras. E a maior delas foi se apaixonar". WTF??


Por isso resolvi começar este post diário dividido em dez partes pra esclarecer essa questão. NÃO, eles não quebraram todas as regras. NÃO, eles não se apaixonaram. Escrita pela americana Suzanne Collins, Jogos Vorazes é uma trilogia futurística contada do ponto de vista da jovem Katniss Everdeen. Após anos de rebeliões e guerras civis no que hoje são os Estados Unidos da América, Katniss se encontra num distrito miserável e se vê forçada a participar dos cruéis Jogos Vorazes, um reality show produzido pela temida Capital no qual adolescentes de todo o país são jogados em uma perigosa arena e forçados a se matarem pela vitória e pela sua sobrevivência. SIM, sobreviver significa matar. SIM, namoricos necrófilos e zoófilos passam longe da trama.

Tá, é até compreensível que a distribuidora esteja apreensiva quanto à performance do filme no Brasil, já que por aqui mal se ouve falar da série. Por isso talvez eles estejam apostando no público alvo da última saga de grande sucesso, ou seja, Crepúsculo. Mas começar a mentir descaradamente sobre a história já é demais. Crepúsculo tem uma protagonista sem sal com a mentalidade de uma mulher dos anos 50. Jogos Vorazes tem uma heroína que não sabe se vai viver outro dia porque não tem nada pra comer; namorado é a última coisa na cabeça dela. Bitch, please, há comparações e comparações! Assim, da próxima vez que ouvir qualquer coisa do tipo, não se engane. Exceto pelo fato de serem livros que viraram filmes e de terem adolescentes como protagonistas, as duas séries não poderiam ser mais diferentes. Essa é, portanto, a décima razão pela qual a partir do dia 23 de março você deveria fazer uma visitinha ao seu cinema favorito. E que a sorte esteja sempre a seu favor!