quarta-feira, 23 de maio de 2012

3 New Girls

Maio já está na metade e nossas séries queridas chegaram a suas season finales (qual é o plural de "season finale"?), umas surpreendentes e outras decepcionantes. Dexter entrou na reta final, Walking Dead ficou melhor do que já era, American Horror Story viciou uma galera, Once Upon A Time mais ainda e Lame Game of Thrones nem se fala. Mas eu vim aqui pra falar de duas novas sitcoms que me conquistaram já nos primeiros episódios: New Girl e 2 Broke Girls.

Flashbackeando pra julho passado, lembro que tava pesquisando/stalkeando a Zooey Deschanel e vi na página dela na Wikipedia que ela estrelaria New Girl em setembro na Fox, ou seja, ganhando uma dose semanal de Zooey eu finalmente pararia de ver (500) Dias Com Ela ((500) Days of Summer) toda hora e de ficar baixando a filmografia dela. Já em outro artigo, vi que uma tendência dessas novas séries era apostar na capacidade cômica das protagonistas femininas, assim, além de New Girl, os canais americanos tavam contando com o sucesso de, entre outras, Are You There, Chelsea? e 2 Broke Girls. Essa primeira não me intrigou, mas a segunda já virou uma das minhas favoritas.

New Girl conta a história da Jess, uma professora que se vê sem um teto pra morar quando pega o noivo com outra com a boca na botija. Daí ela encontra um apartamento pra dividir com três caras, a princípio contrariados com a... excentricidade da nova colega de casa. Mesmo antes da exibição dos episódios a série logo recebeu o selo de aprovação dos críticos e foi eleita a série nova mais empolgante. Produzida através da técnica da single camera, ou seja, uma cena é formada por várias tomadas, New Girl é gravada sem a plateia tradicional das sitcoms e não possui aquelas risadinhas por trás, a laugh track.

É claro que pra mim o appeal inicial da série foi a protagonista, personagem perfeita pro tipo de atuação da Zooey Deschanel: mulheres meio vintages, meio dorks e doidinhas totalmente adoráveis. No entanto, a cada episódio, a qualidade do elenco de apoio só crescia, tanto que os próprios produtores apostaram em plots mais elaboradas pros outros caras da série, o que deu super certo ao ponto de eu achar que nem é a Jess a mais engraçada dos quatro. Enfim, o que mais gosto em New Girl é esse clima meio Friends de tiração de sarro, dramas românticos e o nosso humor do dia a dia que temos com os nossos próprios amigos.


2 Broke Girls conta a história de duas figuras quase que totalmente opostas, mas que são obrigadas pelas circunstâncias a juntarem suas forças. Uma é a Max (Kat Dennings, aquela que fez Nick and Norah), garçonete de uma lanchonete em Williamsburg no Brooklyn, e a outra é a Caroline (Beth Behrs, de quem nunca tinha ouvido falar), uma ex-blilionária cujo pai foi pra cadeia por fraude e desvio de dinheiro. Como o próprio nome da série sugere, essas duas mulheres sem um tostão acabam se juntando pra descolarem uns trocados a mais e melhorarem um pouquinho de vida. A série segue um formato mais tradicional, pois é filmada com múltiplas câmeras, tem aqueles cenários em forma de palco e apresenta a maldita da laugh track.

O mais legal de 2 Broke Girls é ver como o relacionamento de personagens tão diferentes se desenrola através de algo pela qual as duas protagonistas lutam juntas: abrir uma loja de cupcakes e sair da pobreza. Nesse sentido, a alma do programa tá no humor que esse choque de personalidades, backgrounds e visões de vida desperta. Ao mesmo tempo as piadas são extremamente atuais e atingem desde os "pobres" hipsters até a alta diversidade racial dos moradores do Brooklyn (o que gerou várias acusações de racismo de vários críticos, mas eu discordo deles nesse ponto, pois as personagens retratadas não seguem exatamente seus estereótipos raciais). Além disso, como em New Girl, o elenco de apoio é ótimo e também é parte essencial da graça, por isso, aqui destaco a Sophie, personagem hilária da Jennifer Coolidge, a.k.a. a mãe do Stifler. Enfim, só assistindo pra sacar.


Óbvio que não vi todas as séries que estrearam essa temporada, não estou no Ensino Médio, né? Mas essas com certeza valem a pena ver. Especialmente porque tantas outras que eu tanto curtia já ficaram muito chatas. Supernatural tá uma putaria desde a quarta temporada, The Big Bang Theory já me cansou e Grey's Anatomy is the new ER. O que me resta é buscar essas séries novas. Novas mesmo, já que não tenho saco pra começar a ver a tão falada How I Met Your Mother e suas mil temporadas. Assim, acabei encontrando Happy Endings, da qual posso falar numa outra oportunidade. Mas a questão é que New Girl e 2 Broke Girls me surpreenderam, não só pela grande capacidade cômica das protagonistas femininas, mas pelo olhar um pouco diferente do que a gente tá acostumado a ver em séries, sem levantar bandeiras de gêneros. A comédia não é prerrogativa de homens ou mulheres. A comédia é.

3 comentários:

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  2. Achei que New Girl começou com tudo, a Jess era legal e até simpatizava com o jeito doidinho dela, mas eles não souberam "dividir" as risadas: os primeiros episódios, nossa! ria até não poder mais, mas foi decaindo e, na minha opinião, apesar de amar a Zooey, a Jess foi ficando meio chatinha, quem foi ganhando destaque (merecido) foi o Schmidt... sério, tinha época em que eu só assistia por causa dele e do Nick... Agora 2 Broke Girls deu vontade de assistir

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  3. eduardômetro.
    zoa, duds, acho que new girl e two broke girls foram duas das melhores séries novas, junto com suburgatory *_*

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