Como eu disse no post anterior, na mesma noite em que vi Se Beber Não Case 2, também decidi dar uma conferida em Padre. "Pô, Paul Bettany e tals, o cara é bom. Vamo lá". PFF. Teria sido melhor ir pra casa, mas já que não o fiz, acho de bom tom avisar vocês pra que não caiam na besteira de ver esse filme. Se bem que já saiu de cartaz, mas mesmo assim: NÃO baixem, NÃO aluguem (ainda existe gente que vai à locadora?).
A história se passa em um mundo onde a Igreja controla o Estado, que lutou incessantemente para expurgar o mundo da raça dos vampiros. No entanto, o Padre (Bettany) decide deixar a proteção reforçada da cidade quando descobre que sua sobrinha foi raptada. Ao lado do xerife Hicks (aquele primeiro vilão lá do Crepúsculo 1), descobre que o sequestro de sua sobrinha é apenas a primeira parte do plano de um vampiro híbrido para reconquistar o mundo. Falo logo que vi o filme dublado, então já foi um aborrecimento a mais, embora não tenha influenciado em nada no meu julgamento.
A fotografia até que é legalzinha. Como a história se passa num futuro distópico, a cidade retratada no início do filme tem sua boa dose de prédios escuros e imponentes, ruas sombrias e pessoas apressadas pela rua, todos envoltos em uma atmosfera urbana esfumaçada, enegrecida e amedrontadora. Mesmo quando a narrativa se desloca para os distritos remotos o tom cinza continua presente, acho que deve ser mesmo a estética do graphic novel em que o filme foi baseado.
Quanto a forma em que a Igreja foi retratada, achei totalmente ZzZzZzZ. É muito sem imaginação e completamente medieval. Já tava de saco cheio do padre fodão lá ficar dizendo toda hora que quem vai contra a Igreja, vai contra Deus, blá blá blá. Taaaaalvez seja pelo fato de que o artista que fez o graphic novel seja coreano, então ele pode não conhecer muita coisa do catolicismo e tal, mas também não sei, vai ver que ele morou muito tempo no ocidente, NÃO SEI. Não estou defendendo que ele tivesse pintado a igreja bela e maravilhosa, não sou católico, só achei a fórmula bem batida.
Quanto à trama em si, não vi nada de realmente interessante ali. É só mesmo o protagonista correndo de uma cidade pra outra, encontrando ocasionalmente uns vampiros aê, até que chega ao confronto final com o vampiro-mor e pronto. Realmente nada que já não se podia esperar. Os diálogos também não tem nada demais, dando-se preferência mesmo pras cenas de ação, umas que inclusive quebram tão feio as leis da física que você ri alto de verdade.
Enfim, não percam o precioso tempo de vocês com esse filme. Tenho só pena de quem foi ver em 3D e gastou seus 20 reais pra nada. Aliás, essa história de 3D é uma praga, viu? Galera só quer gastar milhões nas cenas de porrada, de carros voando, explosões e os cacete só pra voar na cara do povo no cinema. Já chega! Quero história, quero riso, quero choro.
Nota: 3,0.
"To go against the church is to go against God"
* Trailer, IMDB.

Apesar de concordar com a maioria dos pontos citados, ainda acho que não foi perda total, as cenas de ação até que (algumas) valem a pena (se você, obviamente ignorar as leis da física, como foi citado). Vale lembrar que foi muito curto também (quem consegue fazer uma história que valha a pena em 1h e meia hj em dia?? até hangover 2 foi mais longo...) ou vai ver eu estava de bom humor e não assisti dublado, hehe
ResponderExcluirO Padre não é p/ se assistir super high depois d hangover2... Mais sóbrio o efeito é bem melhor.
ResponderExcluirE ainda não dá p/ comparar mto c/ o manhwa original, foi só uma "introdução ao ambiente"