quinta-feira, 9 de junho de 2011

Podre

Como eu disse no post anterior, na mesma noite em que vi Se Beber Não Case 2, também decidi dar uma conferida em Padre. "Pô, Paul Bettany e tals, o cara é bom. Vamo lá". PFF. Teria sido melhor ir pra casa, mas já que não o fiz, acho de bom tom avisar vocês pra que não caiam na besteira de ver esse filme. Se bem que já saiu de cartaz, mas mesmo assim: NÃO baixem, NÃO aluguem (ainda existe gente que vai à locadora?).

A história se passa em um mundo onde a Igreja controla o Estado, que lutou incessantemente para expurgar o mundo da raça dos vampiros. No entanto, o Padre (Bettany) decide deixar a proteção reforçada da cidade quando descobre que sua sobrinha foi raptada. Ao lado do xerife Hicks (aquele primeiro vilão lá do Crepúsculo 1), descobre que o sequestro de sua sobrinha é apenas a primeira parte do plano de um vampiro híbrido para reconquistar o mundo. Falo logo que vi o filme dublado, então já foi um aborrecimento a mais, embora não tenha influenciado em nada no meu julgamento. 

A fotografia até que é legalzinha. Como a história se passa num futuro distópico, a cidade retratada no início do filme tem sua boa dose de prédios escuros e imponentes, ruas sombrias e pessoas apressadas pela rua, todos envoltos em uma atmosfera urbana esfumaçada, enegrecida e amedrontadora. Mesmo quando a narrativa se desloca para os distritos remotos o tom cinza continua presente, acho que deve ser mesmo a estética do graphic novel em que o filme foi baseado.

Quanto a forma em que a Igreja foi retratada, achei totalmente ZzZzZzZ. É muito sem imaginação e completamente medieval. Já tava de saco cheio do padre fodão lá ficar dizendo toda hora que quem vai contra a Igreja, vai contra Deus, blá blá blá. Taaaaalvez seja pelo fato de que o artista que fez o graphic novel seja coreano, então ele pode não conhecer muita coisa do catolicismo e tal, mas também não sei, vai ver que ele morou muito tempo no ocidente, NÃO SEI. Não estou defendendo que ele tivesse pintado a igreja bela e maravilhosa, não sou católico, só achei a fórmula bem batida.

Quanto à trama em si, não vi nada de realmente interessante ali. É só mesmo o protagonista correndo de uma cidade pra outra, encontrando ocasionalmente uns vampiros aê, até que chega ao confronto final com o vampiro-mor e pronto. Realmente nada que já não se podia esperar. Os diálogos também não tem nada demais, dando-se preferência mesmo pras cenas de ação, umas que inclusive quebram tão feio as leis da física que você ri alto de verdade.

Enfim, não percam o precioso tempo de vocês com esse filme. Tenho só pena de quem foi ver em 3D e gastou seus 20 reais pra nada. Aliás, essa história de 3D é uma praga, viu? Galera só quer gastar milhões nas cenas de porrada, de carros voando, explosões e os cacete só pra voar na cara do povo no cinema. Já chega! Quero história, quero riso, quero choro.

Nota: 3,0.
"To go against the church is to go against God"

* Trailer, IMDB.

2 comentários:

  1. Apesar de concordar com a maioria dos pontos citados, ainda acho que não foi perda total, as cenas de ação até que (algumas) valem a pena (se você, obviamente ignorar as leis da física, como foi citado). Vale lembrar que foi muito curto também (quem consegue fazer uma história que valha a pena em 1h e meia hj em dia?? até hangover 2 foi mais longo...) ou vai ver eu estava de bom humor e não assisti dublado, hehe

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  2. O Padre não é p/ se assistir super high depois d hangover2... Mais sóbrio o efeito é bem melhor.
    E ainda não dá p/ comparar mto c/ o manhwa original, foi só uma "introdução ao ambiente"

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