Mais de um mês sem postar. Já tava na hora de tirar as teias de aranha, né?
Então, essa semana fui ver Se Beber, Não Case! 2. Claro que não seria minha primeira escolha ao ir ao cinema, mas de vez em quando é bom dar uma variada e se arriscar um pouco. Surpreendentemente não senti que meus valiosos 6 reais foram desperdiçados. Pelo contrário, dei umas boas risadas e tive até ânimo pra fazer uma sessão dupla e ir ver Padre (que é uma bosta) logo em seguida.
O filme traz a mesma fórmula do seu antecessor, no qual, depois de uma noite insana de bebedeira, um grupo de amigos acorda num quarto de hotel e tem que lidar com as consequências de todas as loucuras cometidas na noite anterior. A diferença é que o cenário desta continuação é a capital da Tailândia, Bangkok, nas proximidades de onde Stu, o dentista, vai se casar.
A história é bem dinâmica e se centra na busca pelo cunhado de Stu, que já não se encontrava mais no quarto do hotel quando todos acordam e se dão conta de que "aconteceu de novo". Aliás, essas alusões ao primeiro filme até que acontecem com uma certa frequência. Pude percebê-las facilmente justamente porque não vi o primeiro. Ha. Mesmo assim, não tira a graça das diversas outras piadas da história. Muitas delas suscitadas pela simples incredulidade do espectador ao ver, por exemplo, um macaco traficante de drogas e o pênis de uma prostitua travecão.
Os acontecimentos se desenvolvem a medida em que eles tentam retomar os passos da noite anterior e correm desesperados pelas ruas de Bangkok. BTW, achei bem interessante o jeito em que a capital tailandesa foi mostrada no filme, cheia de contradições. Os personagens passam por mercados precários, hotéis de luxo e até por paisagens lindíssimas no Golfo da Tailândia. Comenta-se várias vezes que "Bangkok pegou ele", como se a cidade tivesse vida própria. Engraçado porque quando penso na Tailândia só me vem na cabeça aquelas populações ribeirinhas andando naquelas canoas engraçadas. Meio que o que acontece aqui com o Amazonas: só mostram a floresta e esquecem de mencionar o polo industrial de Manaus, cidade com o sexto maior PIB do país.
Mas voltando ao filme. Tenho que falar que as críticas em sua maioria foram negativas. Justamente pelo caráter repetitivo da sequência, a qual, segundo os críticos, reproduz sem muita inovação a fórmula consagrada do primeiro. Como eu não vi o primeiro, pra mim foi uma experiência nova e bastante divertida. Ri demais, apesar de algumas piadas meio que de mau gosto como um monge budista fazendo farra no puteiro. Mesmo assim, ver um bando de adultos correndo de um lado pro outro numa cidade asiática é muito mais engraçado que um bando de adolescente/universitário babaca bebendo em fraternidades americanas que sempre aparecem nesses filmes de "comédia" que a gente já cansou de ver. Pode ir na fé e despreocupado porque é entretenimento puro.
Nota: 8,0.
"You're in Bangkok, there's a reason why they don't call it Bangcunt"
* Trailer, IMDB.

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