terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Três

E aí, gente, como estão os ares do ano novo pra vocês? Eu sei, num mudou P nenhuma, mas aproveitando esse espírito de resoluções pra 2012, esse desejo de querer fazer diferente (que logo estará esquecido, chegado o início das aulas e a volta ao trabalho), resolvi tentar preencher a imensa lacuna que é esse meu mês de janeiro com filmes. Inicialmente, pensei em postar aqui um filme por dia, mas eu me conheço, e assim que esse negócio virar uma obrigação, eu vou enjoar. E como esse não é o objetivo, não farei tal promessa. Contudo, vou prometer que postarei o maior número possível de filmes. Fechado? Beleza, então passemos ao primeiro.

Esses dias tava procurando alguma coisa do cinema europeu, que sempre me surpreende, não porque o povo lá objetive isso especificamente, mas é porque é tão fácil de a gente se acomodar com a porcaria mastigada americana, que quando a gente cruza o Atlântico é sempre algo bem diferente. E dessa vez não pôde deixar de ser assim. O filme escolhido foi Drei (pronunciado drrrai) - três em alemão -, selecionado pelo simples fato de seu diretor ser o mesmo de Corra, Lola, Corra (se ainda não viu, baixa logo), já que, infelizmente, não tenho muitas referências do cinema alemão, por isso esse pulo de galho em galho. Mas vamos ao que interessa.

Neste filme de 2010, Tom Tykwer nos apresenta a história de Hanna e Simon, juntos já há vinte anos, mas um casal que não têm mais aquela intimidade de antigamente. Curiosamente, a entrada de Adam na vida dos dois pode  ter um efeito surpreendente. Bom, se eu contar mais que isso, aí num tem mais graça. De qualquer forma, esse é um daqueles filmes que se você assistir outra vez, vai descobrir uma coisa nova, mas como minha proposta não é ficar revendo filmes, não vou poder falar muito sobre isso. A questão é que a narrativa de Tykwer, nem sempre linear, é perpassada por várias obeervações filosóficas relativas à vida e à morte, as quais foram chamadas de pretensiosas por alguns críticos. Mas quem sou eu pra chamar um diretor de cinema de pretensioso, certo?

Anyways, não me identifiquei tanto assim com o filme porque ele trata eminentemente da famosa crise da meia idade. É claro que eu posso entender o drama das personagens, mas questões como câncer, morte, medo de envelhecer ainda não fazem parte das minhas maiores preocupações. Mesmo assim, o filme é interessante pela forma como a história se desenrola, mudando o foco para cada vértice desse triângulo amoroso, cada um com suas dificuldades, mas ao mesmo tempo entrelaçados pelas circunstâncias. Enfim, uma história simples, porém peculiar, mas que não parece "decolar" em várias momentos. 


Nota: 7,5.

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