Ok, podem me crucificar. Ontem, show da Móveis Coloniais de Acaju em Manaus e eu, de ingresso comprado, desisti de ir. Já é muito difícil ter shows decentes de rock nessa cidade e quando tem é tudo banda tosca teen tipo Cine ou tosca jurássica tipo Jota Quest. Por isso, me surpreende que eu tenha tomado uma atitude assim, de desistir na porta do show. Mas é a vida. Entre trabalho, faculdade e clube de cinema a gente acaba ficando exausto na metade da semana e abrindo mão desses eventos legais. Porém, o motivo real da crucificação é a alternativa que eu encontrei pro fim da minha quinta-feira: assistir a pré-estreia de Amanhecer - Parte 1. Em minha defesa digo que o cinema é bem do lado do teatro onde o Móveis tocou, bem na praça de alimentação do shopping. Ou seja, pra um faminto exausto, Giraffas seguido de duas horas sentado no friozinho foi realmente a alternativa mais sedutora.
E até que meio que valeu a pena chegar em casa às 2h da manhã pra ter que acordar às 7h. Não pela qualidade do filme obviamente, mas pela graça não intencional do mesmo. Amanhecer - Parte 1 começa um tempo depois do super imprevisível pedido de casamento feito no final do capítulo cinematográfico anterior, Eclipse. Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson), depois de quilolitros de mel derramados, finalmente celebram sua união com amigos e familiares em uma cerimônia nada pobre. Seguem, então, para sua lua de mel numa ilha deserta perto do Rio de Janeiro, onde viverão seu conto de fadas até que Bella descobre algo que até então era supostamente impossível. E aí começa o episódio especial de Sixteen And Pregnant.
E é em torno dessa gravidez que o resto do filme vai girar. Neste ponto, eu tenho que ressaltar a índia ticuna do Rio de Janeiro, a começar por esse pequeno erro geográfico. Mas essa índia, na minha opinião, fez a melhor cena do filme. Numa conversa com um português muito bem ensaiado pelo Pattinson, ela diz que ele desgraçou a vida da Bella e ao tocar em seu ventre, olha pra ela com olhos arregalados e se espanta: morte! Sério, achei hilário. Esse pessoal simplesmente googleia "tribos do Brasil", acha os ticunas e pensa que eles habitam todo o território. Mas no fim das contas são esses pequenos deslizes que fizeram o filme valer a pena, porque esperar algo muito espetacular da saga Twilight é no mínimo ingênuo.
Já faz uns três anos que li Amanhecer e posso dizer que é bem melhor ver o filme - ou simplesmente não vê-lo - do que desperdiçar dias em um livro no qual NADA acontece. Essa falta de acontecimentos também tá presente no filme, mas tenho que adimitir que a produção deu uma caprichada nas paisagens, na fotografia e até nos diálogos menos afrescalhados. As paisagens e as características do Rio ficaram muito bonitas, embora o samba na Lapa fosse meio samba de gringo. A maquiagem e os efeitos visuais também não ficaram atrás e a gravidez de risco da protagonista foi muito bem mostrada com a ajuda deles. De verdade, a criatura parecia um cadáver ambulante, quase sendo aceita como figurante de The Walking Dead. Visualmente agradável também foi a - SPOILER ALERT, CLOSE YOUR EYES BEFORE IT'S TOO LATE - transformação da Bella em vampira, com a estonteante mudança física realizada em uma só tomada. Enfim, pelo menos nesses aspectos o filme me agradou.
No fim das contas, no entanto, o filme só é bom mesmo pros fãs. Isso eu realmente entendo. Acho impossível, por exemplo, analisar com muita imparcialidade os filmes do Harry Potter, os quais, mesmo tendo roteiros ruins, me divertiram e ainda divertem. Acredito que deva ser a mesma coisa com a Saga Twilight. Só os fãs mesmo têm aquela expectativa toda de esperar por suas cenas favoritas na telona e reclamar apaixonadamente das que não foram incluídas. Já os que simplesmente vão ao cinema pra ver um filme vão rir das partes meio toscas, ridicularizar um casal com mentalidade da década de 50 e esperar que tivessem acontecido muito mais coisas em 117 minutos de drama teen.
Nota: 6,0.
E é em torno dessa gravidez que o resto do filme vai girar. Neste ponto, eu tenho que ressaltar a índia ticuna do Rio de Janeiro, a começar por esse pequeno erro geográfico. Mas essa índia, na minha opinião, fez a melhor cena do filme. Numa conversa com um português muito bem ensaiado pelo Pattinson, ela diz que ele desgraçou a vida da Bella e ao tocar em seu ventre, olha pra ela com olhos arregalados e se espanta: morte! Sério, achei hilário. Esse pessoal simplesmente googleia "tribos do Brasil", acha os ticunas e pensa que eles habitam todo o território. Mas no fim das contas são esses pequenos deslizes que fizeram o filme valer a pena, porque esperar algo muito espetacular da saga Twilight é no mínimo ingênuo.
Já faz uns três anos que li Amanhecer e posso dizer que é bem melhor ver o filme - ou simplesmente não vê-lo - do que desperdiçar dias em um livro no qual NADA acontece. Essa falta de acontecimentos também tá presente no filme, mas tenho que adimitir que a produção deu uma caprichada nas paisagens, na fotografia e até nos diálogos menos afrescalhados. As paisagens e as características do Rio ficaram muito bonitas, embora o samba na Lapa fosse meio samba de gringo. A maquiagem e os efeitos visuais também não ficaram atrás e a gravidez de risco da protagonista foi muito bem mostrada com a ajuda deles. De verdade, a criatura parecia um cadáver ambulante, quase sendo aceita como figurante de The Walking Dead. Visualmente agradável também foi a - SPOILER ALERT, CLOSE YOUR EYES BEFORE IT'S TOO LATE - transformação da Bella em vampira, com a estonteante mudança física realizada em uma só tomada. Enfim, pelo menos nesses aspectos o filme me agradou.
No fim das contas, no entanto, o filme só é bom mesmo pros fãs. Isso eu realmente entendo. Acho impossível, por exemplo, analisar com muita imparcialidade os filmes do Harry Potter, os quais, mesmo tendo roteiros ruins, me divertiram e ainda divertem. Acredito que deva ser a mesma coisa com a Saga Twilight. Só os fãs mesmo têm aquela expectativa toda de esperar por suas cenas favoritas na telona e reclamar apaixonadamente das que não foram incluídas. Já os que simplesmente vão ao cinema pra ver um filme vão rir das partes meio toscas, ridicularizar um casal com mentalidade da década de 50 e esperar que tivessem acontecido muito mais coisas em 117 minutos de drama teen.
Nota: 6,0.
"Morte!"*Trailer, IMDB.

